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A abertura dos jogos olímpicos na França causou comoção. Não, a comoção não se deu pela beleza do evento (que deixou a desejar), pela organização impecável (longe disso), ou pela mensagem de paz entre os povos (o que seria de se esperar de uma abertura das olimpíadas).
A comoção se deu pela cena grotesta de drag queens posicionados à mesa, em alusão à famosa pintura de Leonardo da Vinci, que retrata a última ceia, de Jesus Cristo com os apóstolos.
De acordo com os organizadores, a intenção foi representar os deuses do olimpo, com a divindade Baco (Dionísio), ao centro. Essa divindade greco-romana é aquela do vinho, das festas, da orgia!
Acontece que o que mais causa estranheza é que a França é a terra da Revolução Francesa, cujo lema era: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Essa é a nação que exporta esse discurso para todo o mundo, tendo, inclusive, doado aos EUA, a famosa estátua da liberdade, em 1886.
Diante disso então, segue-se a pergunta: O que explica o ataque deliberado à fé cristã na abertura das olimpíadas?
Bem, nos dias que se seguiram ao fatídico episódio, explicações acertadas têm lançado luz em meio às trevas parisienses. Uma dessas respostas é de natureza histórica. Segundo esta, a Revolução Francesa, na verdade, libertou a humanidade da religião e a escravizou ao culto a si mesmo. Uma outra resposta seria de natureza mais sociológica. A França é um dos grandes propagadores da cultura woke, que tem procurado impor a sua ideologia e agenda a todo o mundo.
Acredito que essas e outras respostas são pertinentes e válidas. Entretanto, gostaria de propor aqui um outro caminho de resposta. Já que o cristianismo foi atacado, acho que temos “lugar de fala”, não é mesmo?! Assim, quero sugerir aqui a explicação cristã ao ataque.
A explicação cristã vem da época em que todos conheciam as divindades greco-romanas retratadas na abertura dos jogos olímpicos de 2024. Em 57 d.C, quando o apóstolo Paulo, de Corinto, escreveu aos Romanos, Baco/Dionísio era amplamente celebrado.
Como acurado observador que era, Paulo viu a bebedeira, depravação, perversão e corrupção, que a cultura greco-romana enaltecia e promovia (aliás, essas são as bases que a filosofia iluminista francesa procurou resgatar).
Com isso, o apóstolo aos gentios explicou que toda essa depravação, na verdade, é uma evidência do quanto a humanidade está distante do verdadeiro Deus. O ser humano rejeita a adoração ao verdadeiro Deus e se curva a falsas divindades (Rm 1.23). Por causa disso, Deus os entrega às suas próprias paixões; os entregou à impureza sexual (Rm 1.24), à homossexualidade (Rm 1.26,27) e à uma forma de pensar condenável que os levou a fazer coisas que não convém (Rm 1.28). Que coisas são essas? Veja a lista:
“cheios de toda forma de injustiça, malícia, cobiça, maldade, inveja, homicídio, discórdia, engano, depravação; sendo intrometidos, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, orgulhosos, arrogantes, inventores de males, desobedientes aos pais; insensatos, indignos de confiança, sem afeto natural, sem misericórdia; os quais, conhecendo bem o decreto de Deus, que declara dignos de morte os que praticam essas coisas, não somente as fazem, mas também aprovam os que as praticam”. (Rm 1.29-31).
Isso explica a abertura dos jogos olímpicos de Paris, com um ataque deliberado ao cristianismo, não é mesmo? Sim, o homem que rejeita o verdadeiro Deus é pervertido e promove a perversão.
Todavia, a resposta cristã (repito, temos “lugar de fala”!!!!) não para por aí. O apóstolo Paulo continua a sua carta aos romanos afirmando que tanto os gregos e romanos, bem como os religiosos judeus (que não praticavam os bacanais romanos), são igualmente pecadores; ou seja, “todos pecaram e estão separados da glória de Deus” (Rm 3.23). E a solução para a depravação humana é somente uma: “sendo justificados gratuitamente pela sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3.24).
É curioso isso! A solução para o problema da humanidade está justamente naquele que ela tem rejeitado, Jesus Cristo! Sendo assim, a resposta cristã diante do ataque que recebera nos jogos olímpicos de Paris continua sendo a mesma desde o início da era cristã entre os gregos e romanos e foi anunciada em Paris, corajosamente em libras pela skatista brasileira Rayssa Leal (Fadinha): Jesus é o caminho, a verdade e a vida.
Pr. Nelson Galvão
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